Uma megaoperação conjunta, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais, a Polícia Militar, a Secretaria de Estado de Fazenda e o Ministério Público de Minas Gerais foi deflagrada nesta semana, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso de fraudes fiscais, agiotagem e lavagem de dinheiro, com atuação central em Curvelo, região Central do Estado.
Denominada “Operação Sistema Paralelo”, a ação investiga um grupo econômico do ramo de comércio de aparelhos celulares e concessão de empréstimos pessoais, suspeito de diversos crimes, incluindo sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica, estelionato, usura e lavagem de capitais.
Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e 3 de prisão preventiva nas cidades de Curvelo, Abaeté, Belo Horizonte, Diamantina, Jequitibá, João Pinheiro, Paracatu, Paraopeba, Pirapora, Sete Lagoas e Três Marias.
Segundo as investigações, o grupo operava empresas de fachada em nome de “laranjas”, utilizadas para comercializar produtos e realizar empréstimos com juros abusivos, sem qualquer emissão de nota fiscal ou registro contábil – o que caracteriza não apenas sonegação de ICMS, mas também crimes contra a economia popular.
A Secretaria de Fazenda já identificou um prejuízo de aproximadamente R$ 14 milhões aos cofres públicos, decorrente da supressão do imposto. Além disso, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens no valor de R$ 36,4 milhões, incluindo imóveis, veículos de luxo e criptomoedas.
Durante as buscas, também foram apreendidos armamentos e munições, o que pode agravar ainda mais o quadro criminal dos envolvidos. A operação representa mais um passo das autoridades no combate ao crime financeiro e à corrupção, e deve seguir com novas diligências nos próximos dias.
Foto: Receita Estadual