Empresários que recorreram ao Programa Nacional de Apoio às Micro e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) no ano passado, quando foi instalada a pandemia da covid-19, já estão perdendo o sono diante da falta de dinheiro para pagar a dívida. O plano era pegar um empréstimo, quitar as contas mais imediatas e dar um fôlego nos negócios, envitando o fechamento de empresas.
A corrida para o Pronampe se deu pelas taxas bem mais baixas, com uma carência de até oito meses para o início do pagamento. Acontece que a economia nacional não reagiu e as dívidas começarão a vencer no próximo mês de março, sendo que a maioria dos empresários admite que não tem dinheiro para honrar os compromissos.
Todos reconhecem que o recurso do Pronampe foi um sopro para os negócios, mas como a economia não voltou na velocidade esperada, a maioria sobrevive com muita dificuldade. A tendência é de aumento na inadimplência pela falta de capital de giro e essa situação poderá gerar o efeito dominó nos municípios, onde os contribuintes começam a pleitear descontos nos tributos.
Pará de Minas já entrou nesse radar. Um grupo de empresários está se movimentando para pleitear redução de impostos ou, pelo menos, maior parcelamento deles. Composto por donos de estabelecimentos onde são realizados os eventos e promotores de festas, o grupo está buscando a intercessão dos vereadores junto à prefeitura.
A expectativa deles é de conseguir benefícios semelhantes ao pacote de medidas que foi anunciado recentemente em Belo Horizonte, para retomada da economia. O empresariado local também pleitea a volta dos eventos. O Jornal da Manhã divulgou ontem, através de entrevista com o procurador jurídico do município, Hernando Fernandes da Silva, que a flexibilização poderá ser anunciada ainda nesta semana.
Agora, quanto à isenção de impostos, ele informou que legalmente falando o município não pode abrir mão de receita. Mas nada impede que uma alternativa seja procurada.
Foto Ilustrativa: pixabay.com
Há 0 comentários. Comente essa notícia.
