Cuidar de um animal de estimação não está nada barato para o brasileiro. Assim como em diversos segmentos da economia, a pandemia de covid-19 afetou o mercado voltado para os pets, elevando preços de alimentos, serviços médicos e de higiene, entre outros produtos especializados.
Só para se ter uma ideia do quanto os valores foram ajustados para adequação aos efeitos da pandemia, a inflação dos animais de estimação em 2021 foi maior que a dos próprios tutores.
Segundo levantamento do IBGE, através do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços dos alimentos para animais domésticos, como cães e gatos, subiram, em média, mais de 23%, quase o triplo da inflação dos alimentos para consumo humano, que registrou 8,24%.
A porcentagem também foi maior em tratamentos em clínicas veterinárias, cuja majoração foi de 6,08%%, e em serviços de higiene, banho e tosa, que tiveram alta de 7,74%.
Acompanhando de perto o mercado, o empresário Marcos Rogério da Silva, proprietário do Pet Shop Puro Afeto, revelou que os aumentos nos preços estão relacionados aos custos elevados das matérias-primas e desvalorização do real frente ao dólar.
Marcos Rogério, inclusive, acredita que a situação pode apertar ainda mais para o lado do consumidor nos próximos meses, especialmente no que diz respeito ao preço da ração.
Por causa dos preços, Marcos Rogério conta que muitos tutores tentam manter a qualidade da ração dada ao seu animal, mas chega uma hora que o bolso não aguenta mais custear o que há de melhor.
Fintech de inteligência artificial e organização financeira, a empresa Olívia realizou um levantamento para apurar o gasto médio mensal com produtos e serviços para animais domésticos no ano passado. O resultado mostrou que essa despesa foi de R$ 208,28, crescimento superior a 21% pelo que foi registrado em 2020.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
Há 0 comentários. Comente essa notícia.