O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia hoje a nova Taxa Selic. Atualmente no patamar de 13,75% ao ano, o indicador é considerado a referência das taxas de juros no país, impactando diretamente no fluxo de tomada de crédito e investimentos.
O resultado da nova Selic será divulgado no final da tarde. Instituições financeiras e economistas acreditam que o Copom manterá os 13,75% mesmo após as críticas do presidente Lula e sua equipe econômica, lideradas pelo ministro Fernando Haddad. O governo considera o índice alto e inviável para melhorar o poder aquisitivo de grande parte da população.
A Selic é uma das principais ferramentas do Banco Central para controlar a inflação no país. Se ela está elevada, como é o cenário atual, o objetivo é desacelerar a inflação, ou seja, abaixar os preços. Quando ela está baixa, a intenção é estimular o consumo.
Em março de 2021, o Copom iniciou o ciclo de alta da taxa, quando elevou de 2% para 2,75%. Mas em agosto do ano passado ela chegou aos 13,75%. Falando ao Jornal da Manhã, o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credirural, Breno José Barbosa, avaliou o cenário, dizendo que com a Selic em alta os investidores estão cautelosos, o que reflete diretamente na economia local.
Um dos reflexos destacados por Breno Barbosa é a inadimplência. Segundo ele, quem iniciou um investimento de longo prazo nos últimos anos está com muita dificuldade em lidar com a evolução da Selic e suas consequências no mercado financeiro.
Breno Barbosa também acredita que o Copom deverá manter a Selic em 13,75%, mas acredita que nas próximas reuniões há possibilidade de uma flexibilização da taxa. Depois da reunião de hoje, o comitê do Banco Central se reunirá mais quatro vezes no ano para novas correções na taxa. Segundo o último Boletim FOcus, que reúne as projeções do mercado sobre os principais dados econômicos brasileiros, o indicador deve encerrar o ano em 12,25%.
Há 0 comentários. Comente essa notícia.