Os casos de violência no futebol brasileiro estão aumentando, segundo mostra o Relatório do Observatório Social do Futebol. O documento recém- publicado quantifica, classifica e mapeia as violências físicas retratadas pela mídia brasileira. Minas Gerais corresponde a 4%, com 158 ocorrências desta natureza.
A maioria delas aconteceu em 2023, entre torcedores de times diferentes (47%) e torcedores contra forças de segurança (25%). Em menor escala apareceram brigas entre torcedores do mesmo time e as confusões entre torcedores e jogadores.
Atento a isso, o Ministério do Esporte, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) e os principais clubes do futebol brasileiro, criaram a campanha Cadeiras Vazias e o Movimento de Ocupação pela Paz no Futebol.
O objetivo é promover a paz nos estádios, com um ambiente seguro na adoção de bons comportamentos e na denúncia dos atos de violência. A campanha reflete não só as violências extremas, que tiraram a vida de muitas pessoas nos últimos anos, mas outras formas graves, como racismo, homofobia, xenofobia, agressões contra a mulher e intolerância religiosa.
A Liga Desportiva de Pará de Minas tem acompanhado a mobilização e pretende colaborar, dentro de suas possibilidades, segundo informou o advogado Luciano Leão, que faz parte da entidade. Ele reconhece que, embora em menor proporção, o município não foge à regra da violência no futebol. Luciano defende campanhas permanentes de conscientização:
As ações da campanha “Cadeiras Vazias”, tiveram início em novembro de 2024, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Durante a partida entre Esporte Clube Bahia e São Paulo Futebol Club, um dos setores ficou com centenas de cadeiras vazias, cobertas com camisas de diversos times brasileiros. Foi uma alusão às 384 vítimas fatais no futebol entre 1993 e 2023.
Os atos de violência afastam o público dos estádios, levando as pessoas até mesmo a se desencantar com o futebol, que é um dos esportes favoritos no país. Sem falar na parte mais triste e irreparável, que é a morte de pessoas.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e ilustrativa reprodução jarmoluk (pixabay.com)
Há 0 comentários. Comente essa notícia.
