Um pequizeiro tem dividido opiniões na vizinha cidade de Florestal. A árvore frutífera foi alvo de uma mobilização popular, na tarde de domingo, durante o encerramento da Semana do Meio Ambiente.
Com faixas, gritos de ordem e até apresentações musicais, um grupo de moradores e defensores do meio ambiente se posicionou ao redor do pé de pequi, no final da rua do Cruzeiro, no bairro Nossa Senhora Aparecida, na tentativa de conseguir a revogação da autorização do corte da árvore.
É um pequizeiro muito antigo e saudável, considerado por muitos como um patrimônio ambiental. Acontece que ele está localizado bem no meio de uma das ruas que corta o novo loteamento.
Recentemente o Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente (CODEMA) autorizou o corte, a pedido do proprietário do empreendimento.
De acordo com populares, a argumentação do loteador é que a árvore atrapalha a rotatória que ele deseja construir no local. Mas a população entende que uma árvore como esta, frutífera e saudável, não pode desaparecer assim.
O loteamento em questão foi aprovado no ano passado, com as devidas compensações, mas a comunidade não está satisfeita e promete fazer de tudo para impedir o corte da árvore.
Além do protesto, os moradores já pensam em formas de impedir a aproximação das máquinas e homens, deixando veículos estacionados no local e até promovendo eventos populares ao redor da árvore.
Alguns cogitam, até mesmo, a possibilidade de boicote da venda de lotes no local. O grupo se mostra irredutível, e vem buscando amparo legal para proteger o pequizeiro.
Os manifestantes prometem questionar, junto aos órgãos públicos, a autorização do corte, alegando que se trata de uma árvore saudável, sem doenças e risco de queda, além de ser uma espécie frutífera de importância ecológica.
O grupo também deve protocolar um abaixo assinado junto à Secretaria de Meio Ambiente de Florestal e está à procura do proprietário do empreendimento para tentar um diálogo sobre a manutenção do pequizeiro.
A comunidade ainda pede apoio da população e a compreensão do poder público, na expectativa de que a autorização para o corte da árvore seja revogada. O dono do imóvel ainda não se manifestou.
Fotos: ReproduçãoHá 0 comentários. Comente essa notícia.