O mercado leiteiro tem enfrentado quedas sucessivas nos preços, tendência que deve se acentuar nos próximos dias. Segundo os órgãos especializados nos levantamentos do setor, o preço vem caindo bastante em relação ao ano passado.
Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), confirmam redução de 1,6% em relação a junho e de 8,42% frente ao mês de julho de 2024.
Esse cenário é resultado do desequilíbrio entre produção e consumo. Enquanto a oferta cresce, impulsionada por maior produtividade no campo, a demanda não tem acompanhado esse ritmo, pressionando as cotações.
E para frustração ainda maior dos pecuaristas, não há previsão de valorização por agora. O produtor José dos Santos Duarte falou conosco a respeito:
Segundo a Pesquisa Trimestral do Leite feita pelo IBGE, a captação industrial atingiu 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre deste ano. Esse avanço se deve, em grande parte, à redução dos custos de produção, principalmente com a nutrição do rebanho, que estimulou os investimentos no setor.
E mesmo que a diminuição no valor do produto seja vista com bons olhos pelos consumidores, as quedas sucessivas nos preços têm gerado dificuldades significativas para os produtores.
Enquanto nas gôndolas dos supermercados o litro do leite já ultrapasse os R$ 4,00, em nível de produtor ele continua nos R$ 2,40, evidenciando a diferença entre o preço pago ao homem do campo e o valor final ao consumidor.
É essa situação, segundo José Duarte, que coloca muitos produtores no limite da viabilidade econômica.
A pressão sobre o mercado deve continuar, com o preço do leite no campo caindo novamente, refletindo um período desafiador para todo o setor lácteo brasileiro.
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