Em meio à era digital, um fenômeno vem chamando a atenção: o aumento do número de pessoas que decidiram se desconectar das redes sociais.
O assunto ganhou destaque após a viralização de um vídeo em que um jovem afirmou não ter redes e muito menos interesse em ingressar nelas. Essa escolha reacendeu os debates sobre o impacto do ambiente virtual na vida cotidiana e sobre o que se perde ou se ganha com o afastamento.
Esse movimento muitas vezes é impulsionado pela sobrecarga mental causada pela lógica dos algoritmos. Para manter o público engajado, as plataformas incentivam conteúdos extremos, o que pode gerar cansaço, estresse e até adoecimento emocional.
Segundo o psicólogo Warley Renner, essa pressão constante leva as pessoas a desenvolverem um comportamento compulsivo em relação às redes.
Ele inclusive informa que é comum a busca por ajuda profissional de quem sente que deixou a vida real para viver a virtual, afetando relações pessoais, produtividade no trabalho e saúde mental.
E embora as redes sociais ofereçam benefícios, como manter contato frequente com amigos e familiares, construir networking, acessar informações em tempo real e se divertir, o uso excessivo traz prejuízos como a sensação de fracasso diante da idealização da vida alheia, ansiedade e depressão. Warley defende, acima de tudo, o ponto de equilíbrio.
O psicólogo ressalta que um meio de reduzir o uso das redes de forma saudável é retomar os vínculos presenciais.
A saída completa das redes não significa isolamento social. Existem formas de se manter conectado com as pessoas mesmo estando offline, como encontros presenciais, ligações e até mensagens SMS.
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