Antes mesmo do final de janeiro a circulação da variante ômicron deve se tornar a principal responsável pela transmissão da covid-19 em Minas Gerais. A previsão é do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
A variante ômicron do coronavírus já contaminou quase duzentas pessoas em Minas Gerais, sendo que a nova cepa foi identificada em 21 municípios. Todos os casos investigados apresentaram quadros leves da doença, com isolamento domiciliar, não havendo necessidade de internação hospitalar.
Se as previsões se confirmarem o índice de contaminação deverá crescer muito, enchendo os postos de saúde. O secretário pede cooperação da população, principalmente no que diz respeito à permanência do uso de máscara, que continua obrigatória em todo o Estado.
Pará de Minas ainda não registrou casos da variante ômicron, mas a Secretaria de Saúde pede o máximo de vigilância e prevenção da população. Nas últimas 24 horas foram confirmados mais 35 testes positivos. O número de pessoas em acompanhamento domiciliar também subiu de 73 para 107.
A percepção do aumento de casos na cidade não se dá apenas nos boletins divulgados pela prefeitura, mas também nos laboratórios e nas farmácias. No Laborfama, por exemplo, a procura disparou nesta semana, segundo informação do farmacêutico Jader de Faria Leitão.
Ele não revelou números, mas admitiu que os trabalhos de detecção aumentaram bastante, assim como a positividade dos teste. Preocupado, Jader reforço o apelo das autoridades, no sentido das pessoas manterem a prevenção.
Ele alerta que a transmissão da ômicron acontece de maneira muito rápida e sem a máscara teremos uma população inteira doente. Pessoas que não tomaram as duas doses da vacina têm até 11 vezes mais chance de morrer pela doença em relação a quem completou o esquema vacinal. Já para quem tomou apenas uma aplicação, o risco de morte é duas vezes maior do que os não imunizados.