É celebrado hoje (18), o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Organizada por diversos movimentos sociais, grupos, coletivos e entidades, a data é de celebração e luta pelos direitos das pessoas em sofrimento mental.
Nos espaços públicos, serviços de saúde mental e também nas universidades, vários eventos marcam esta data pressionando pelo fechamento dos manicômios e a formalização de novas leis e a instauração de novas práticas para tratamento e acompanhamento da saúde mental.
Este é um importante movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileira que vem se tornando, inclusive, referência internacional. Em Pará de Minas a data foi antecipada, com um evento realizado ontem na praça Torquato de Almeida, reunindo profissionais da psicologia, psiquiatria, além de estudantes e usuários dos serviços de saúde de Pará de Minas.
Marina Saraiva, coordenadora da Saúde Mental na Secretaria Municipal de Saúde, falou sobre a importância da mobilização que deseja dar, cada vez mais, visibilidade ao tema:
Perguntada sobre a realidade da saúde mental em Pará de Minas, Marina conta que a população ainda sofre as consequências da pandemia de covid-19, sobretudo em relação à experiência de isolamento social.
O psicólogo Lucas Alves, membro da equipe multidisciplinar de Atenção Básica da Saúde, também percebe um aumento na procura pelos serviços relativos à saúde mental. Mas, por outro lado, ele também percebe o crescimento dos espaços dedicados ao atendimento especializado beneficiando, sobretudo, a população carente.
O movimento que deu origem à Reforma Psiquiátrica no Brasil teve início em 1987, em Bauru, no interior paulista, quando aconteceu o 1º Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental. O evento resultou em um documento, considerado o marco inicial da luta que segue firme, servindo de inspiração para vários países.