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Recuperação judicial do grupo empresarial da Santanense enfrenta desafios

24/05/2024

Funcionários das duas unidades da Santanense, indústria de tecidos instalada em Pará de Minas e Itaúna, continuam sem informações sobre quando irão receber os salários atrasados e outros benefícios a que têm direito. A situação se arrasta há vários meses e já levou muitos deles a desistir do emprego. E os que ainda mantêm vínculo empregatício com a empresa reclamam sem parar, devido às dificuldades de sobrevivência.

A direção da Santanense continua em silêncio, posição adotada desde o início da crise financeira da empresa, e as novidades no caso estão sendo divulgadas pela imprensa nacional especializada em economia. Segundo as informações, a saída apontada para as dificuldades financeiras da Santanense e da Coteminas, que fazem parte do mesmo grupo, está complicada demais.

O presidente do grupo, Josué Gomes da Silva, entrou com pedido de recuperação judicial no valor de R$2 bilhões e ele foi parcialmente acatado para evitar que os credores peçam a execução das dívidas. O processo está sendo movido no contexto de um pedido de vencimento antecipado de debêntures emitidas pela controladora da Coteminas, que é a Ammo Varejo.

Acontece que alguns investidores da companhia abandonaram o barco, ao identificar que a situação de crédito da empresa não estava boa. Nem mesmo a  parceria anunciada pela Coteminas, no ano passado, com a empresa de comércio eletrônico Shein foi suficiente para resgatar a confiança. Desde então, a desvalorização das ações do Grupo Coteminas no mercado nacional aumentou, dificultando as soluções para a sua recuperação. Outra situação contribui para o agravamento do processo e ela é generalizada, no setor têxtil.

Especialistas classificam que a indústria têxtil brasileira está no limbo há alguns anos, desde que a China começou a inundar o mercado com produtos de R$0,99. A indústria brasileira não consegue concorrer, devido aos impostos elevados no país e às questões trabalhistas. Além do pedido de recuperação judicial, o Grupo Coteminas pretende fazer uma profunda reestruturação que inclui negociações com credores e a desativação de algumas fábricas, ainda não definidas.

E o caos financeiro do grupo ainda repercute na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), onde Josué Gomes da Silva também é o presidente. Segundo os críticos, é surpreendente que o líder de uma organização como a Fiesp esteja enfrentando um desafio desse porte em sua vida privada, com funcionários sem receber salários em dia e problemas com fornecedores.

Foto Ilustrativa: Reprodução Google Maps




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