A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma para amanhã o primeiro leilão em que o governo federal pretende comprar até 300 mil toneladas de arroz importado. Ele acontecerá em formato eletrônico, na modalidade “viva voz”.
Segundo o edital que define a qualidade do produto, o arroz beneficiado tem que ser polido, longo fino, tipo 1 e da safra 2023/2024. Ele deverá estar acondicionado em embalagem de 5 kg, que seja transparente e incolor, permitindo a perfeita visualização do produto.
A expectativa da Conab é que o arroz importado chegue às gôndolas dos supermercados até setembro. De acordo com a portaria já publicada, o preço de venda ao consumidor final será de R$4,00 por quilo, portanto, o pacote de cinco quilos será vendido a R$20,00.
A Conab avisa, no entanto, que será estabelecido o limite máximo de venda por comprador e por consumidor. Acontece que, embora essas informações estejam sendo bastante divulgadas pelo governo federal, oficialmente elas ainda não chegaram ao setor supermercadista.
As associações que representam o setor estão abrindo comunicação com os órgãos federais, mas têm conseguido poucos detalhes de como acontecerá a distribuição. Por consequência, os varejistas também não têm detalhes sobre o potencial de compra que poderão utilizar.
O Jornal da Manhã conversou com o empresário Daniel Peixoto, diretor comercial da rede Panelão, a maior de Pará de Minas. O grupo ainda tem bom estoque do arroz nacional, mas como o consumo deste produto é grande, daqui a pouco será preciso renovar os pedidos e, desta vez, para o produto importado:
A decisão do governo federal de importar o arroz foi tomada diante do alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul, afetando completamente a produção gaúcha, que é responsável por cerca de 68% do arroz produzido no Brasil.
O objetivo da importação é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país. As compras do arroz ocorrerão por meio de leilões públicos ao longo deste ano.
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