Empresários de vários segmentos estão tentando driblar a falta de mão de obra no mercado com a contratação de detentos da Penitenciária Pio Canedo, que funciona em Pará de Minas.
Essa prática não é nova, mas aumentou consideravelmente nos últimos meses diante da escassez de trabalhadores. As contratações são viabilizadas mediante o cumprimento de várias normas, começando pelo bom comportamento do detento.
Existe vantagem dos dois lados, porque o preso consegue diminuir sua pena e o empresário adquire mão de obra com menores custos. A combinação desses dois fatores tem gerado tantas contratações que a Pio Canedo já está quase no limite dos presos aptos ao trabalho externo.
A informação foi concedida ao Jornal da Manhã pelo diretor geral do presídio, Marcelo Carvalho.
O trabalho do preso não está sujeito ao regime CLT e pode ser aplicado a vários setores, a partir das parcerias feitas com a Pio Canedo. Segundo o diretor, além da ajuda no aquecimento do setor produtivo, esses convênios contribuem bastante com o processo de ressocialização e a própria redução da criminalidade.
A penitenciária de Pará de Minas foi premiada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública como a 5ª unidade prisional do estado e a primeira da região com mais parcerias de trabalho, tanto externas quanto internas. As empresas que se interessarem pela parceria devem buscar informações junto à própria unidade prisional:
Em casos de não adaptação dos presos ao local de trabalho, situação que é rara, a empresa parceira tem o direito de solicitar a substituição deles. Já na situação de não comparecimento, o empregador deve avisar aos policiais penais, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Em eventuais fugas, é registrado um boletim de ocorrência e as demais forças de segurança são notificadas, para que seja emitido um mandato de prisão do detento.
Fotos: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM