A menos de dois meses do primeiro turno das eleições, o trabalho de envio das urnas eletrônicas já começou. Essa etapa da organização das eleições municipais vai até o final do mês. Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral, 95 caminhões percorrerão mais de 70 mil quilômetros nas estradas mineiras para distribuir as urnas. O transporte delas está sendo feito por caminhões dos Correios.
Para que os equipamentos cheguem em segurança às zonas eleitorais, eles são trancados e lacrados. Os veículos ainda contam com rastreadores e o deslocamento é monitorado pela Polícia Rodoviária. Chegando ao destino final, os funcionários da agência local dos Correios são mobilizados para ajudar a descarregar os equipamentos.
Em seguida, as urnas são armazenadas em local definido pelo chefe do cartório e o juiz de cada zona eleitoral. Todos os ambientes contam com a vigilância da Polícia Militar. O Cartório Eleitoral da Comarca de Pará de Minas recebeu comunicação de que, pela rota definida pelo TRE, a entrega das urnas acontecerá no dia 30 de agosto. Assim como nas eleições de 2022, elas ficarão armazenadas no próprio prédio do cartório, que possui forte sistema de segurança.
E para quem tem dúvida em relação ao sistema de segurança nas urnas, uma informação tranquilizadora do Tribunal Superior Eleitoral. O sistema de captação e processamento de votos que será utilizado nas eleições para prefeito e vereadores, no próximo mês de outubro, tem capacidade para barrar ataques hackers que só poderiam ocorrer daqui a 20 anos.
Segundo o TSE, a impossibilidade de ataques com sucesso decorre das constantes modificações para aumento da segurança e da transparência do sistema, que tem 30 camadas de segurança – assim como nas eleições de 2022 – todas reforçadas para evitar invasões. Essas camadas funcionam como barreiras contra ataques, sendo que cada uma tem função específica.
Uma das barreiras é a presença da assinatura digital do TSE, que é uma marca que permeia todo o sistema de captação e processamento dos votos. É como se fosse uma assinatura pessoal, se alguém tentar inserir um dado que não conta com essa assinatura, o sistema mostra e a partir daí a tentativa de acesso é repelida.
O TSE também lembra que outro ponto que garante a inviolabilidade da urna eletrônica é que o equipamento não tem acesso à internet. A urna tem dois cabos, um para ligação na tomada e o outro para fazer a conexão com o terminal do mesário na seção eleitoral.
Foto: Arquivo Jornalismo Rádio Santa Cruz FM