Embora a concessionária Águas de Pará de Minas já tenha tranquilizado a população sobre o abastecimento no município, após a restrição do nível de captação imposto Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM), a situação tem preocupado bastante as autoridades ambientais.
A escassez hídrica superficial no trecho do Rio Pará, que fica na Estação Velho do Taipa, em Conceição do Pará, em consequência do longo período de estiagem, resultou na restrição da captação de água das outorgas da região.
A medida é válida por 45 dias, e a concessionária já garantiu que reduziu a captação sem prejuízos no abastecimento. Acontece que o Ribeirão Paciência, que também abastece Pará de Minas, é outro manancial que está sofrendo com a seca.
A situação delicada levou o secretário municipal de Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, José Hermano Franco, a reconhecer também a necessidade de suspensão de captação nele, pelo menos até a chegada do período chuvoso.
O secretário alerta que após a captação no Açude do Roncadouro, quase nenhuma água resta para seguir o curso do Paciência, que corta o município. E essa realidade representa uma grande ameaça para o principal curso d’água da cidade.
Quanto à suspensão da captação no Paciência, o secretário lembra que a outorga do Rio Pará, mesmo com a restrição temporária imposta pelo IGAN, não deverá acarretar em falta d’água para a população.
A Secretaria de Meio Ambiente e os representantes da Arsap, que é a agência reguladora do abastecimento de água, vão se reunir amanhã com a concessionária águas de Pará de Minas para apresentar, oficialmente, o pedido de suspensão da captação no Paciência.