O aterro sanitário de Pará de Minas tem enfrentado mais um problema que pode prejudicar o meio ambiente e a saúde da população. É que muitas chapas de raio-x continuam sendo descartadas de forma irregular no local.
Feitas de acetato e pó de prata, que são substâncias altamente contaminantes, essas chapas não podem ser jogadas no lixo comum nem encaminhadas à coleta seletiva. No entanto, por falta de informação, esse tem sido o destino frequente desse tipo de resíduo.
A siuação preocupa bastante a Engesp, que é a empresa responsável por serviços de coleta e gestão de resíduos. Falando ao Jornal da Manhã, a coordenadora Denise Alves destacou que o número de ligações e mensagens com questionamentos cresceu nos últimos meses e, por isso, é importante conscientizar a população sobre o assunto.
O descarte inadequado de chapas radiográficas pode contaminar o solo e o lençol freático. O correto é que esse material seja encaminhado às empresas licenciadas por órgãos ambientais, que têm autorização para realizar a reciclagem segura e adequada.
O médico radiologista Antônio Silva Mendes defende o estabelecimento de um processo correto para essa destinação.
Vale ressaltar que os métodos atuais de diagnóstico por imagem têm evoluído. Hoje, a maioria dos estabelecimentos de saúde já utiliza sistemas digitais, que não exigem a revelação das chapas com produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente. Isso contribui para a redução de resíduos contaminantes e para a modernização do processo de diagnóstico, tornando-o mais limpo e sustentável.