A autorização dada pela Câmara Municipal de Pará de Minas para a venda do terreno às margens da BR-262, onde funciona o Clube dos Servidores Municipais, continua repercutindo na cidade.
O pedido foi feito pela Prefeitura, com a justificativa de o município já ter adquirido um novo terreno no bairro Recanto da Lagoa, que é conhecido como Clube da Arppa.
Acontece que a tramitação do projeto envolveu apenas a Prefeitura e a Câmara, deixando de fora a Associação dos Servidores Municipais, que administra o clube, e também os sócios, que frequentam o espaço.
Quem está chamando atenção para esse fato é Tânia Valeriano Chaves Leite, presidente do Sindicato dos Servidores, que tem recebido várias manifestações sobre o tema. A sindicalista faz questão de deixar claro que o clube não pertence à prefeitura:
Preocupada com a situação dos servidores e outros sócios que pagam as mensalidades para frequentar o clube que está em vias de ser vendido, Tânia pretende questionar o procedimento:
Outro questionamento que o sindicato levanta é sobre a destinação do dinheiro da venda do imóvel. O poder público vem sinalizando interesse de comprar o terreno onde está instalada a Creche Santa Terezinha, no centro da cidade.
Tânia considera a intenção nobre, mas defende que o investimento seja feito no novo clube, já que o município alega não ter dinheiro atualmente para realizar as melhorias necessárias:
Já o vice-prefeito, Luiz Lima, responde à sindicalista com a necessidade do município priorizar os investimentos. A pretensão de aquisição do imóvel onde funciona a creche se deve à importância dela para a comunidade:
Luiz Lima também rebateu declarações de Tânia Leite a respeito da autorização de venda do clube às margens da BR-262. Segundo ele, o sindicato teve várias oportunidades de se manifestar durante o período em que o projeto tramitava na Câmara Municipal:
Segundo levantamento recente, realizado pela prefeitura, para estar em condições de receber os associados o novo Clube dos Servidores, que ainda é conhecido por Clube Arppa, vai precisar de um investimento de aproximadamente R$6 milhões, além do gasto mensal em torno de R$300 mil para a manutenção do espaço e remuneração da equipe administrativa.