Depois das eleições de 2026 a Câmara dos Deputados, em Brasília, terá 531 parlamentares. Serão 18 a mais que os atuais 513, segundo o projeto de lei aprovado nesta semana.
Mesmo diante dos protestos da população, o Congresso insistiu na mudança afirmando que a correção periódica do número de deputados tem previsão na Constituição.
Na verdade, a Carta Magna não fixa o número máximo de deputados, mas determina que futuramente uma lei regule o assunto. A Constituição também estabelece que nenhum estado brasileiro tenha menos que 8 representantes e que o estado mais populoso tenha, no máximo, 70 cadeiras.
A reação contrária da população ao aumento de cadeiras na Câmara Federal se deve aos gastos públicos, porque os novos deputados vão representar um custo de, pelo menos, R$95 milhões por ano, justamente no momento em que o país clama por medidas voltadas para redução de despesas, para um equilíbrio das contas públicas.
E a preocupação aumenta diante do risco do efeito cascata, ou seja, mais deputados nas assembleias legislativas e mais vereadores nas câmaras municipais.
A repercussão das decisões tomadas em Brasília já chegou à Câmara de Pará de Minas, mas o presidente da casa, Délio Alves, descarta qualquer mudança por aqui. Segundo ele, o número de vereadores é mais que suficiente.
O vereador Marcílio Souza também não enxerga necessidade no aumento das cadeiras na Câmara Municipal:
Com a mudança na Câmara dos Deputados, Minas Gerais passará das atuais 53 para 54 cadeiras. Os estados que mais ganharão representantes a partir da próxima legislatura serão Santa Catarina e Pará, com mais 4 deputados cada.