O aumento das vendas online, sobretudo de peças de vestuário que vêm dos países asiáticos através de grandes plataformas como Shein e Shopee, vem impactando no mercado nacional, sobretudo a indústria têxtil.
Conforme o JM vem acompanhando, os produtos importados chegam com preços bem menores que os praticados pela indústria nacional, inviabilizando o trabalho das fábricas por aqui. Muitas não conseguiram driblar o novo desafio e fecharam as portas.
O mesmo vem acontecendo com as confecções, que também ficam encurraladas diante dos preços praticados pelas gigantes chinesas. Mas felizmente, nem todos os segmentos foram afetados.
Um bom exemplo é a Premissa. A empresa de Pará de Minas, especializada na produção de peças íntimas, está completando 17 anos e vêm ampliando sua presença no mercado. Já são 27 lojas próprias, atacado nacional, exportação e um Centro de Distribuição, em São Paulo.
A empresária Gisele Barbosa se mostra orgulhosa da bem sucedida história da Premissa e confirma que os concorrentes asiáticos não refletiram nos seus negócios:
Gisele aponta como grande diferencial da Premissa a produção de peças de qualidade, que garantem conforto e bem estar:
Isso não quer dizer que o setor não está enfrentando outros problemas. A aquisição de matéria prima importada, por exemplo, é uma situação que vem afligindo diversos segmentos da indústria.
Atenta aos atrasos nas entregas e a dificuldade de compras, devido a situações como guerras e conflitos comerciais, Gisele se antecipou, garantindo um bom estoque para garantir a continuidade na produção:
Outro problema é a falta de mão de obra. Segundo a empresária, assim como o setor supermercadista e o comércio, também na produção de lingerie ficou mais desafiador manter o quadro completo de profissionais, inclusive a empresa segue com várias vagas abertas.