A Vigilância Sanitária de Pará de Minas justificou a interdição da Comunidade Terapêutica São Paulo Apóstolo como uma grande necessidade. O fechamento da instituição, localizada no povoado de Paivas, aconteceu durante uma ação conjunta do Ministério Público, Polícia Militar e as secretarias municipais de Saúde e Assistência Social.
A interdição da fazendinha se deu por causa das más condições da entidade que já havia recebido advertência, mas não tomou as providências solicitadas. Trinta pessoas foram retiradas do local, sendo que apenas duas são de Pará de Minas. As outras são de Azurita, Salvador e Espírito Santo.
Chamou muito a atenção da Vigilância, as péssimas condições do local. O responsável pelo setor, Adilson Batista, falou conosco:
A secretária de Desenvolvimento Social, Cláudia Faria, deixou claro que não havia outra maneira de resolver a situação:
Segundo ela, esse tipo de fiscalização não é de competência da assistência social, mas a pasta vai assumir as vistorias:
A secretária também informou que o responsável pela fazendinha tentou tirar da UPA os pacientes que foram transferidos para lá, para observação médica. No entanto, isso foi negado. O Jornal da Manhã tentou contato com ele, mas não conseguiu. O espaço continua aberto.
Mais uma clínica terapêutica fechada em Juatuba
Na cidade de Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária também fecharam mais uma clínica terapêutica para mulheres em reabilitação de dependência química. Ela não possuía alvará de funcionamento e no local estavam 12 mulheres.
As internas relataram que estavam com as malas prontas, diante da informação de que seriam retiradas da unidade. As equipes constataram que a clínica não tinha médicos e que eram aplicadas altas dosagens de medicamentos. O espaço já havia sido alvo de outra fiscalização, quando também foram identificadas irregularidades que permaneceram.
A Polícia Civil informou que ninguém foi conduzido à delegacia, mas que instaurou inquérito para investigar o caso. O delegado responsável disse que a unidade pertence ao grupo Fênix – o mesmo de clínicas interditadas no final da semana passada, onde 46 pessoas foram resgatadas.
A Prefeitura de Juatuba informou que abriu processo administrativo sanitário contra o grupo Fênix. Em nota, a defesa do grupo declarou que não há registros de que internos estivessem nas clínicas contra a própria vontade e que já foram tomadas providências para o retorno das atividades.
Fotos: Prefeitura Municipal de Pará de Minas e Ilustrativa Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM