Quatro anos depois, a criança atacada por um cão rottweiler, no bairro Serra Verde, teve grandes avanços no tratamento, mas ainda não se livrou das cirurgias. Na época, o caso chocou muito a população, com grande repercussão na região.
A menina brincava com o irmão quando a cadela da família se aproximou, logo depois do nascimento de seus filhotes. Inocente, ela deu alguns gritinhos e foi atacada pelo animal, tendo 80% do couro cabeludo arrancado, além de vários ferimentos no rosto.
Socorrida pela família e rapidamente encaminhada ao Hospital São João de Deus, em Divinópolis, ela passou por duas cirurgias horas depois, antes de ser transferida para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde permaneceu durante três meses.
O estado da criança era tão grave que os próprios médicos ficaram assustados. Luíza Gabrielle sobreviveu e, hoje, aos seis anos de idade, está bem melhor, mas o tratamento ainda não tem data para terminar.
A avó da menina, Rosana Guimarães Silva, recebeu o Jornal da Manhã em sua residência, e falou dos desafios. A neta já passou por onze cirurgias e ainda faltam mais quatro:
Dona Rosana fez questão de dizer que a neta é muito inteligente, está estudando e é uma criança corajosa, devido a tudo o que passou. O tratamento que não é custeado pelo SUS a família paga, na medida do possível, começando pelas sessões de fonoaudiologia.
Além da união familiar e o reconhecimento de que a neta sobreviveu por milagre, como os próprios médicos afirmaram, Dona Rosana tem alertado as pessoas sobre os desafios da raça rottweiler:
Em agradecimento à sobrevivência de Luíza Gabrielle, anualmente a família distribui saquinhos de bala e pipoca para as crianças do bairro, marcando o 12 de outubro, dia dedicado a elas e também à padroeira do Brasil. As pessoas interessadas em ajudar, podem entrar em contato com a família.