As garças que passam o dia nas proximidades do Parque do Bariri, no bairro São José, estão trazendo problemas para os moradores e comerciantes da região. Ninguém nega que é muito bonito assistir ao voo constante delas, o problema está nas consequências desse hábito.
As reclamações estão por todo lado e vão do odor até a sujeira. Elas invadem casas, lojas e os veículos estacionados na rota dos voos. Muitas delas utilizam a área como dormitório e a vizinhança teme até mesmo o comprometimento do equilíbrio ecológico do ambiente, com o risco do afastamento de outras espécies que antes habitavam a área.
O Jornal da Manhã foi chamado ao local por vários moradores, entre eles Vinícius, Gilda e a comerciante Cristina:
As reclamações também chegaram ao Centro de Controle Populacional (CCP), onde o veterinário Idael Santa Rosa esclareceu que a concentração das garças é um fenômeno natural, mas requer atenção para evitar prejuízos à diversidade do ecossistema e à convivência urbana.
Idael também reconhece que embora a intenção não seja a de afastar as aves de forma agressiva, é preciso aplicar medidas de manejo ambiental para diminuir o desconforto à população e manter o Bariri como um espaço de harmonia entre a natureza e o uso público.
A soltura dos fogos já foi aplicada em dois dias da semana passada e reduziu um pouco o número de garças naquela área. Segundo Idael, o trabalho será permanente, com a execução periódica da técnica e a adoção de outras medidas ambientais, como a recuperação de áreas verdes para redistribuição natural das aves.