O caso do cachorro Léo, atropelado na última semana no bairro Dom Bosco, continua gerando comoção entre os moradores. Ele também reabriu o debate sobre o aumento do número de atropelamentos de animais nas ruas de Pará de Minas.
O vídeo do atropelamento circula pelas redes sociais e gera revolta em quem assiste. O motorista que atingiu o cão não prestou socorro, caracterizando crime de omissão.
Léo, que estava em tratamento após uma bicheira no olho, recebia cuidados de voluntários da causa animal e fugiu depois do acidente, não sendo mais visto pela região.
Situações assim se tornaram corriqueiras na cidade. Diariamente, aparecem relatos de animais feridos que são resgatados por entidades de proteção animal. Muitas vezes o corpo já sem vida fica estendido por várias horas nas ruas.
Acompanhando de perto esses casos, a vereadora Camila Gonçalves, voluntária da ong Mão Amiga Pet, confirmou que o número de acidentes desta natureza tem aumentado bastante. O pior dessa história é que proporcionalmente, o número de motoristas que não prestam socorro ao animal atropelado também cresce.
Camila lembra que a lei é clara. Atropelamento seguido de omissão de socorro é enquadrado como maus-tratos, ou seja, quando o condutor não presta assistência ao animal ferido está cometendo crime.
Cabe ao motorista, em situações como essa, conduzir o animal a um atendimento veterinário ou acionar os órgãos competentes.
O comandante da Guarda Civil Municipal, Lucas Costa, recomenda que os motoristas pratiquem a direção defensiva, reduzindo a velocidade em áreas residenciais e redobrando a atenção em locais onde há circulação de animais.
A participação da comunidade é essencial para que casos como o do Léo não fiquem impunes e que os responsáveis sejam devidamente identificados e responsabilizados. Imagens de câmeras residenciais, registros do sistema Olho Vivo e vídeos de celular são ferramentas fundamentais para auxiliar as investigações.