O Ministério da Educação anunciou uma série de mudanças significativas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir de 2026, a prova também será utilizada para avaliar a qualidade do ensino médio no país, além de reconhecer trajetórias individuais para fins de seleção e certificação.
De acordo com o ministro Camilo Santana, o novo formato será implementado em cooperação com as redes estaduais e pretende oferecer um diagnóstico mais completo da educação básica brasileira.
O Inep já concluiu todos os estudos necessários, definindo os padrões de aprendizagem e desempenho que deverão orientar a mudança. Essa nova função do Enem deve substituir ou complementar as atuais provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicadas aos alunos do 3º ano.
Para o coordenador de resultados do Colégio Apogeu, Jorge Faria, a mudança tende a aumentar o engajamento dos estudantes, que passarão a compreender melhor a importância da prova e a participar com mais dedicação do processo avaliativo.
O Ministério da Educação também acredita na possibilidade de ampliação do alcance do exame para países do Mercosul, já no próximo ano. A proposta é aplicar a prova, em português, em cidades como Buenos Aires, Montevidéu e Assunção, estimulando a troca de experiências educacionais entre os países.
Jorge Faria avalia que essa proposta amplia o horizonte dos estudantes, que já procuram outros países para ingressar em universidades.
Além das propostas para as próximas edições, o Enem já passou por mudanças importantes neste ano. A prova voltou a permitir a certificação do ensino médio, solicitada por mais de 98 mil estudantes maiores de 18 anos. Para obter o certificado, é necessário alcançar ao menos 450 pontos em cada área do conhecimento e 500 na redação, requisitos que já passaram a valer nesta edição.