Continua repercutindo na cidade a rejeição da Câmara aos dois projetos apresentados pela Prefeitura, um de reajuste da taxa de coleta de lixo e outro da atualização da Planta de Valores Imobiliários, que refletiria diretamente no cálculo do IPTU.
Como se sabe, durante a votação 14 vereadores se manifestaram contrários às propostas e apenas dois favoráveis. As propostas rejeitadas vinham sendo debatidas entre o executivo e o legislativo desde outubro, e embora o próprio prefeito tenha visitado a Câmara para defender a importância deles, todo esforço não foi suficiente.
A maioria dos vereadores, ao votarem contra as propostas, apontaram impactos diretos no bolso da população e questionaram o momento dos reajustes.
O prefeito Inácio Franco não recebeu muito bem o posicionamento do legislativo e acusou os parlamentares de não terem se aprofundado nos projetos.
Inácio destacou as dificuldades para colocar as contas da Prefeitura em dia, já que foi encontrada com algo grau de endividamento. E também apontou a Reforma Tributária, que passa a valer em 2026, que traz insegurança sobre a chegada de recursos federais.
Em sua justificativa o prefeito destacou que jamais apresentaria um projeto que fosse ruim pra população:
Diante da reação do executivo, o presidente da Câmara, vereador Délio Alves, destacou a importância de se entender os dois lados. Ele pediu calma ao Prefeito e respeito à decisão dos vereadores.
Délio chegou a pedir que os projetos fossem adiados para o ano que vem, a fim de que houvesse mais tempo para aprofundamento e negociação da matéria. Mas o executivo insistiu em levá-los à votação ainda neste ano, o que resultou da derrubada dos dois textos.
Fato é que sem o reajuste da taxa de coleta de lixo e da atualização da Planta de Valores Imobiliários, a Prefeitura deverá se debruçar em novos planejamentos, a fim de buscar um plano B que garanta ao poder público seu pleno funcionamento em 2026.
Fotos: Prefeitura Municipal de Pará de Minas e Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM
