Pará de Minas pode apresentar uma queda na curva de contaminação da dengue nas próximas semanas.
A avaliação é da Vigilância em Saúde Ambiental, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, que atua diretamente no combate ao mosquito Aedes aegypti.
De acordo com Douglas Duarte, coordenador da vigilância, a proximidade com o inverno e a expectativa de queda nas temperaturas para os próximos 15 dias podem reduzir a proliferação dos vetores e, consequentemente, a infecção da população.
O gestor, no entanto, deixa claro que é uma possibilidade, já que estamos vivendo um ano atípico e com bastante influência de fatores climáticos. Douglas informou, por exemplo, que uma chuva isolada nos próximos dias teria um grande potencial de agravar ainda mais o cenário atual.
Ainda em conversa com o Jornal da Manhã, o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental disse que nas duas últimas semanas, o cenário epidemiológico se manteve estável, ou seja, a curva de contaminação não aumentou nem diminuiu, mas a cidade segue com um elevado número de notificações da doença.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, Pará de Minas chegou a 4.500 casos prováveis de dengue, com 489 confirmados. Já são 10 mortes suspeitas em investigação. Quanto a chikungunya, são 434 casos prováveis e 102 confirmados, com um óbito suspeito.
Além da chegada do frio, outra esperança para melhorar a proteção da população é referente a vacina contra a dengue. Conforme o Jornal da Manhã divulgou na última semana, o primeiro lote dos imunizantes está previsto para chegar hoje a cidade. A expectativa é que sejam disponibilizadas mais de cinco mil doses para vacinar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Assim que a remessa chegar, a Secretaria de Saúde divulgará informações sobre a estratégia de imunização. Vale lembrar que, assim como o imunizante contra a covid-19, o que protege contra a dengue não impede a pessoa de ser infectada pelo vírus, mas evita a evolução para casos graves e hospitalizações.
