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Fiemg mostra os riscos que o tarifaço dos EUA representa para Pará de Minas e região

23/07/2025

Um estudo desenvolvido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) aponta que a nova tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros pode trazer impactos negativos diretos para o Estado.

A medida, que deve entrar em vigor no dia 1º de agosto, já gera preocupação em setores da indústria e comércio exterior. Segundo o levantamento feito pela Fiemg, o prejuízo estimado para o nosso país pode chegar a R$ 175 bilhões no longo prazo. Se o Brasil decidir retaliar com a mesma medida, o impacto pode ser ainda maior: R$ 259 bilhões a menos no PIB e quase dois milhões de empregos perdidos.

Minas Gerais é um dos estados que mais exportam para os Estados Unidos, com cerca de US$ 4,6 bilhões em produtos enviados em 2024. Entre os itens mais exportados estão café, ferro, aço e máquinas elétricas — setores que têm reflexos também na economia de Pará de Minas e região, especialmente por envolverem transporte, produção e fornecimento de matéria-prima.

Outro setor que pode perder muito é o de ferro-gusa e ferroligas. Cidades polo como Sete Lagoas, Belo Horizonte, Varginha e Guaxupé lideram os embarques, mas os efeitos podem atingir toda a cadeia produtiva do estado — o que inclui fornecedores, transportadoras e pequenas empresas localizadas em municípios do interior.

Para Sete Lagoas o impacto pode ser bem maior, uma vez que a cidade é o principal polo exportador do produto no Brasil. Se for mesmo adotada, a medida pode colocar em risco cerca de R$ 1,5 bilhão em exportações, além da manutenção de milhares de empregos na cidade. Com 23 empresas no setor, a siderurgia representa 70% das exportações de Sete Lagoas e cerca de 60% da produção nacional. 

Os Estados Unidos são, atualmente, o principal destino da commodity, segundo informou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, José Valadares Bahia. Ele define o cenário como em estado de alerta, já que muitas empresas interromperam contratos e aguardam a definição sobre a taxação antes de fechar novas negociações.

Segundo o secretário, com o tarifaço os impactos serão imediatos, porque não há como redirecionar rapidamente a produção para outros mercados devido a barreiras logísticas e à grande oferta mundial da commodity. Isso pode levar à paralisação das exportações de ferro-gusa.

Além da perda econômica direta, o risco de fechamento de postos de trabalho preocupa. Quase 4 mil empregos na cadeia produtiva setelagoana estão ameaçados. 

Foto: Ilustrativa reprodução Martinelle (pixabay.com)



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