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Siderúrgicas aliviadas com a exclusão do setor no tarifaço dos Estados Unidos

31/07/2025

A economia nacional respirou aliviada com o adiamento do decreto norte-americano que impõe a tarifa de 50% sobre a exportação de produtos brasileiros. Ao contrário de amanhã, como estava previsto, a medida vai entrar em vigor no dia 6 de agosto.

O alívio, no entanto, é temporário e não foi capaz de devolver o sono aos vários setores que serão prejudicados com o tarifaço. Outros, no entanto, foram tranquilizados pelas especificações dos itens que não terão sobretaxas.

É o caso dos artigos de aeronaves civis, veículos e peças específicas, produtos de ferro, aço, alumínio e cobre, fertilizantes, produtos agrícolas e de madeira, metais e minerais específicos.

Também foram excluídos produtos de uso pessoal incluídos na bagagem de passageiros que chegam aos Estados Unidos, donativos e materiais informativos, energia e produtos energéticos.

Um dos setores mais aliviados com a exclusão da sobretaxa é o siderúrgico, onde várias empresas já tinham anunciado paralisação das atividades devido à redução dos pedidos de compradores norte-americanos.

São produtoras de ferro-gusa, matéria-prima do aço produzido nos Estados Unidos. Minas Gerais tem 50 usinas de ferro-gusa, que empregam cerca de 10 mil pessoas diretamente, além de postos indiretos espalhados pela cadeia de fornecedores. No ano passado, o estado produziu perto de 4 milhões de toneladas de ferro, das quais exportou 68% e boa parte desse percentual foi para os Estados Unidos.

Em Sete Lagoas o clima de tensão era muito grande, uma vez que a cidade é a maior exportadora mineira. Inclusive já houve siderúrgica que desligou o alto-forno sem previsão de retorno, caso da Sama. Dos 150 funcionários, perto de 120 entrarão de licença.

A Sama exporta 95% de sua produção e o único mercado que estava comprando hoje eram os Estados Unidos. A Europa e a Ásia compram, mas é muito pouco. Já a Multifer, também em Sete Lagoas, anunciou que vai aguardar as próximas semanas para definir os movimentos da fábrica. Outras siderúrgicas mineiras estão colocando os funcionários em férias coletivas.

Em Pará de Minas, a Siderúrgica Alterosa deve se pronunciar hoje, segundo a sua diretoria de comunicação. A empresa também estava muito preocupada, uma vez que as exportações representam quase 70% das vendas.

Assim como as outras siderúrgicas, a Alterosa acredita que o impacto do tarifaço iria refletir sobre o setor em um todo, exigindo redirecionamento das rotas e das condições de negociação. 

Foto Ilustrativa: Reprodução Martinelle (pixabay.com)



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