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CNH sem autoescola: candidatos divididos, e o governo propõe curso no ensino médio

31/10/2025

O projeto que pretende retirar a obrigatoriedade do candidato passar por autoescolas para obter a CNH continua repercutindo no país. A proposta apresentada pelo governo federal prevê a liberdade da pessoa se apresentar para o exame sem cumprimento de aulas teóricas e práticas nos centros de formação. 

Com isso, o candidato pode optar por aulas presenciais, ensino a distância ou contratar instrutores credenciados de forma independente. O Ministério dos Transportes afirma que a mudança moderniza o processo e pode reduzir em até 80% o custo da primeira habilitação, estimado em mais de R$ 3 mil em muitas regiões.

A flexibilização, segundo o governo, amplia o acesso dos motoristas de baixa renda e deve reduzir o número de condutores sem habilitação. De olho nisso, o Jornal da Manhã foi às ruas para saber se em Pará de Minas a medida também é popular. 

A grande maioria das respostas foi afirmativa, caso de Miguel Lucas, Letícia Vitória, Gustavo Augusto, Thiago Santos e vários outros. Eles acreditam que a redução de custos pode facilitar o acesso à CNH, mas defendem que a formação prática adequada é essencial para evitar acidentes e garantir uma preparação mínima para quem vai conduzir veículos nas ruas.

E em meio à consulta pública para o fim da obrigatoriedade da frequência nos centros de formação de condutores, as autoescolas continuam protestando. 

Federações do setor afirmam que a proposta ameaça milhares de empregos e pode comprometer a segurança viária, argumentando que a formação supervisionada por instrutores dentro das instituições é fundamental. Em diversas cidades do país, empresas do setor organizaram protestos e defendem que o governo revise o texto antes de qualquer implementação.

Já o governo federal anunciou que as mudanças vão envolver também cursos gratuitos que poderão ser oferecidos de forma online ou até mesmo nas escolas públicas, a partir do ensino médio. A expectativa é que as novas regras comecem a vigorar ainda neste ano, por meio de uma resolução do Contran.

Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM




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