A polêmica sobre a redução no número de exames laboratoriais solicitados na Atenção Primária de Pará de Minas continua repercutindo. Após a divulgação do ofício que estabelece o limite de seis exames por paciente, vereadores procuraram o prefeito Inácio Franco para pedir a suspensão da medida.
O vereador Dinei Calha foi um dos parlamentares que esteve no gabinete do chefe do executivo e afirmou esperar que o documento seja revogado.
E em meio a tantas discussões sobre o assunto, o secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro, explicou a decisão e afirmou que a medida não representa uma limitação, mas sim uma regulação do fluxo de solicitações.
Segundo ele, o objetivo é diminuir desperdícios e tornar o uso dos recursos mais eficiente. A definição do limite ocorreu após conversas com médicos das Unidades Básicas de Saúde, que relataram a frequência de pedidos extensos e, muitas vezes, desnecessários.
Denoziro destacou ainda que a restrição vale apenas para exames complementares solicitados na atenção primária.
De acordo com o secretário, cerca de 20% dos exames realizados atualmente são dosagens de vitaminas, muitos deles solicitados a partir de pacientes que já chegam às UBS com pedidos oriundos da rede particular.
Ele reforçou que o número de seis exames não foi escolhido de forma arbitrária: a equipe técnica avaliou a média de solicitações e concluiu que essa quantidade é suficiente para o primeiro atendimento, evitando sobrecarga e garantindo que os casos mais urgentes não sejam prejudicados.
Denoziro garante que a medida não trará prejuízos aos atendimentos na saúde pública municipal.
O secretário também deixou claro que, quando houver necessidade de mais exames, o protocolo prevê que o médico poderá solicitar quantos forem necessários, desde que apresente uma justificativa técnica.
O pedido será analisado pela Secretaria e poderá ser liberado dentro do prazo entre a requisição e a coleta, mantendo a assistência aos pacientes.
Foto Arquivo Jornalismo Rádio Santa Cruz FM