O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Pará de Minas decidiu estender até a próxima segunda-feira o prazo de manifestação dos trabalhadores que não concordam com o recolhimento da contribuição sindical. Todos os que discordarem do repasse para a entidade, equivalente a 6% do salário, respeitando o limite máximo de R$120,00, devem se dirigir até o local para a entrega da chamada carta de oposição. Do contrário, a contribuição será descontada em folha.
O assunto vem causando polêmica na cidade desde que o vereador Vinícius Alves denunciou a entidade no Ministério Público do Trabalho. Ele acusou o sindicato de descumprir o prazo legal para recebimento das manifestações dos trabalhadores. O sindicato anunciou como data limite o dia 5 de fevereiro, mas Vinícius insistiu que o correto seria 7 de fevereiro. Esse impasse provocou insegurança nos trabalhadores e muitos questionamentos.
Houve até quem manifestasse muito nervosismo diante das informações contraditórias. Mas, no final das contas, para beneficiar a categoria, o sindicato decidiu prorrogar o prazo. A assessora da entidade, Valéria Mendonça de Oliveira, deixou claro que a decisão nada tem a ver com as atitudes do vereador Vinícius.
A prorrogação aconteceu por causa do desencontro de informações entre contadores e empresários do setor, que são os responsáveis pelo recolhimento da contribuição sindical:
Sobre a conduta do vereador Vinícius Alves, a assessora do sindicato considerou precipitada e imatura:
Valéria Oliveira confirmou que a convenção coletiva foi fechada no dia 22 de janeiro e assinada pelo Ministério do Trabalho no dia seguinte. A partir daí foi iniciada a contagem para a manifestação dos trabalhadores do comércio, prazo realmente encerrado no dia 5 de fevereiro.
Os interessados em confirmar o desinteresse em contribuir com a entidade devem se dirigir à sede, na avenida Professor Mello Cançado, 342, somente na segunda-feira, entre 8h30 e 16h30.
O Jornal da Manhã também apurou que situações semelhantes aconteceram em outras cidades da região, exatamente pelo desencontro de informações dos escritórios de contabilidade com a classe patronal, que é responsável pela efetivação dos descontos em folha, no caso dos que concordam em pagar a contribuição assistencial.
Foto: Ana Luiza/Rádio Santa Cruz FM