A morte de um jovem de 24 anos por tuberculose, em Pará de Minas, continua repercutindo muito. O óbito, divulgado nesta semana pela Secretaria Municipal de Saúde, acendeu o sinal de alerta para a doença.
Segundo informações da pasta, o paciente possuía uma comorbidade que pode ter agravado o diagnóstico. Ele também não tinha registro da vacina BCG, não sendo possível confirmar se estava imunizado.
A enfermeira Karina Merlin, que atua na Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, destacou a atuação da vacina para proteção contra as formas graves da doença. Ela também falou sobre a importância da complementação do esquema vacinal com outros imunizantes.
A BCG é administrada de segunda a sexta-feira na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição. A vacina também é aplicada nas segundas-feiras no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), nas quartas-feiras na UBS do bairro Walter Martins, e nas quintas feiras na UBS Nossa Senhora da Piedade. Esse rodízio, segundo Karina, é feito para evitar o desperdício de doses.
A enfermeira ressaltou que, em caso do aparecimento de sintomas, o paciente deve procurar uma UBS rapidamente, onde as equipes estão preparadas para acolher, diagnosticar e tratar a doença.
Após o diagnóstico, é feita também avaliação dos contatos diretos para descartar ou confirmar casos em pessoas próximas. O tratamento é feito por, pelo menos, seis meses. Se for seguido corretamente, após 30 dias de uso da medicação, o paciente já não transmite mais a doença.
A transmissão da tuberculose acontece pelas vias respiratórias, por tosse, espirro e fala, que podem contaminar outras pessoas. Em 2024, Pará de Minas teve 20 casos confirmados de tuberculose. Desses, 10 já concluíram o tratamento, sete ainda estão em processo de recuperação, dois pacientes mudaram de cidade e um caso foi descartado após exames.
Foto: Assessoria de Comunicação @prefeituraparademinas