O programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, entra em uma nova fase e promete aliviar a fila de espera do SUS. A partir de agosto, planos de saúde com dívidas acumuladas poderão compensá-las oferecendo consultas, exames e procedimentos especializados para a população.
A ideia é usar a estrutura da rede privada para reforçar o atendimento público e agilizar o acesso da população a serviços essenciais.
A estimativa do governo é converter cerca de R$ 750 milhões em atendimentos ainda em 2025, parte do montante de R$ 1,3 bilhão que os planos devem ao SUS. Os serviços incluirão consultas e cirurgias eletivas em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha comentou que o programa oferece uma alternativa mais rápida ao ressarcimento tradicional, que costuma passar por processos judiciais e demora na devolução dos valores ao SUS:
Segundo Padilha, esse acúmulo de consultas pendentes no sistema público vem se arrastando desde a pandemia e expectativa é reduzir as filas de espera no sistema único de saúde:
Os atendimentos serão distribuídos de forma proporcional em todo o país, com percentuais definidos por região: 24% para o Nordeste, 8% para o Norte, 10% no Centro-Oeste, 36,5% no Sudeste e 11,5% no Sul. Os pacientes serão convocados diretamente pelo SUS cada cidade.
Outro avanço anunciado é a integração das informações desses atendimentos à Rede Nacional de Dados em Saúde. Com isso, quem for atendido poderá acessar seu histórico pelo aplicativo Meu SUS Digital, inclusive se for usuário de plano de saúde.
Fotos: Reprodução Portal do Governo - Ministério da Saúde (gov.br/saude) e Ilustrativa sasint (pixabay.com)
