Você sabe quanto tempo passa navegando pelas redes sociais? WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter, Tik Tok, YouTube, email e outras plataformas disponíveis 24 horas por dia atraem a atenção de milhões de pessoas para bons e maus conteúdos.
Talvez você não saiba quanto tempo passa no mês acessando alguma rede, até porque nem todos os aparelhos dão esse tipo de informação ao usuário, mas a Comscore, empresa norte americana de análise de internet, acaba de divulgar uma pesquisa revelando que o brasileiro é o segundo no mundo que passa mais tempo nas redes sociais.
O estudo foi realizado com base em pesquisas proprietárias e métricas de ferramentas confiáveis, indicando que o país teve um aumento representativo no uso das plataformas em 2020. Para se ter uma ideia do quanto nós consumimos conteúdo, em dezembro a pesquisa identificou que o brasileiro passou, em média, mais de 47 horas nas redes sociais.
O Instagram foi a plataforma com maior índice de compartilhamento de ações e interação no último ano, com 72%. No entanto, a rede social mais acessada entre os brasileiros continua sendo o Facebook, com alcance de 65%.
Juntando apenas o Instagram, Facebook e Twitter foram mais de 24 bilhões de interações em 2020, número 25% maior do que o registrado em 2019. Para a Comscore, esses dados se devem à aceleração digital nos negócios e na sociedade durante a pandemia.
Mas, afinal, tanto acesso à rede social é bom ou ruim para o usuário? O Jornal da Manhã conversou com a psicóloga Maria Eduarda Oliveira, que explicou os riscos e benefícios dessas plataformas para a saúde mental.
Ela começou a entrevista dizendo que a evolução tecnológica chegou para ficar e tem muito a agregar no desenvolvimento social. Mas é preciso saber consumir as informações para evitar o que ela chama de “fonte de frustração”.
Para não ficar viciado em rede social, o ideal é optar pelo equilíbrio. É preciso saber a hora de começar e terminar, sem que isso prejudique a pessoa em tarefas essenciais do dia a dia, sobretudo na relação com os colegas de trabalho, familiares e amigos.
Maria Eduarda também comentou a relação das crianças com as redes sociais, destacando que os pais devem acompanhar o que os filhos estão acessando. Caso eles não saibam mexer com a tecnologia, o melhor jeito é se capacitar e garantir que o filho não navegue em plataformas inadequadas para sua idade.
Ainda de acordo com a pesquisa, os conteúdos mais acessados pelos brasileiros nas redes sociais em 2020 foram de temas relacionados à educação e finanças, alimentação e cuidados com casa e jardim.
Segmentos de lazer e turismo apresentaram queda de interações de 38%, comprovando que a pandemia influenciou mesmo o usuário na busca por conteúdo nas plataformas digitais.
Foto: Arquivo Pessoal