O Sind-UTE, entidade que representa os trabalhadores da rede estadual de ensino, venceu a batalha judicial contra o Governo de Minas no que diz respeito ao retorno das aulas presenciais na rede pública.
Prevista para 19 de outubro, a volta dos estudantes do 3º ano nas escolas agora não têm mais data para ocorrer. Entre outros argumentos, o Sind-UTE alegou na ação que não existem dados indicando redução de mortes e contágio da Covid-19.
A entidade também assegurou que a maioria das escolas não possui estrutura mínima para o retorno com segurança. Além disso, o sindicato defende que o programa Minas Consciente foi criado para determinar a retomada econômica, não podendo ser aplicado para as atividades de ensino.
Outro argumento do Sind-UTE foi de que o governo sempre destacou que a decisão de abrir ou não as escolas seria dos prefeitos e que cada família poderia optar por mandar ou não o estudante às escolas.
Ao suspender o retorno, o desembargador Bitencourt Marcondes afirmou que o ano já está acabando e por isso questionou a eficácia do ensino presencial em apenas algumas regiões.
O coordenador do Sind-UTE em Pará de Minas, Rondinelli Alves, disse que a entidade não esperava outra decisão, afinal está em jogo a vida de milhares de pessoas:
Rondinelli também reforçou o posicionamento do Sind-UTE a respeito da limitação do ensino on-line:
E por último o coordenador do polo sindical declarou que mesmo se o Governo de Minas conseguir retomar as aulas presenciais elas não serão tão eficazes agora ao ponto de compensar as ausências verificadas ao longo da pandemia:
O Governo de Minas ainda não se posicionou sobre a decisão da Justiça.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM