Hoje é o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. É uma data de luta em defesa da integridade dos menores, que tanto sofrem com esse tipo de violência.
Em Pará de Minas o dia será lembrado pelos profissionais do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) que aderiu à campanha “Faça Bonito”, em parceria com o Conselho Tutelar e outros órgãos voltados para a proteção dos menores.
O psicólogo Marcos Santos, que é o gerente do CREAS, diz que o trabalho é muito importante no processo de conscientização, para que as pessoas recebam as orientações necessárias ao combate destes tipos de abuso e exploração.
Entre as ações preparadas para acontecer hoje e também ao longo do mês, estão as blitz educativas. A panfletagem ocorrerá nas principais ruas da cidade, tendo como ponto de apoio a praça da Matriz e as sedes dos CRAS nos bairros de Pará de Minas. Algumas faixas alusivas ao tema também foram colocadas em locais estratégicos.
O reforço na campanha se deve ao aumento dos casos de violência sexual contra crianças em Pará de Minas, sobretudo durante o isolamento social provocado pela pandemia de covid-19. O psicólogo Marcos Santos lamenta o fato da maioria destes casos acontecer dentro de casa e orienta os pais a identificar a situação e denunciar quando perceberem que a criança está sofrendo o abuso.
Além de ligar para a polícia ou para o CREAS, outra forma de registrar a denúncia é acionando o Disque 100, que é o serviço de informação sobre os Direitos Humanos. A linha funciona 24h e a chamada é gratuita. E é bom que a sociedade fique atenta a esse problema porque ele é muito grave. Somente em Minas Gerais, segundo levantamento, pelo menos 15 crianças e adolescentes são explorados e abusados sexualmente todos os dias.
No ano passado, o número de vítimas chegou a seis mil e de janeiro a março de 2022 foram mais 1.368 vítimas. Já no cenário nacional, o problema é ainda maior, porque só no Disque 100 e no Ligue 180 foram feitas mais de 102 mil denúncias. Mas esses números mostram apenas uma ponta do problema, já que existem muitas subnotificações. Conscientização é a palavra de ordem para reverter o cenário.
Foto: Reprodução/Divulgação