Um jovem de 26 anos e outras quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MMG) pela morte de um adolescente de 17 anos, em Pompéu. O crime aconteceu no dia 27 de dezembro do ano passado, mas os restos mortais da vítima só foram descobertos mais de um mês depois.
Segundo o MPMG, três denunciados e um adolescente – que já estavam envolvidos em outros crimes – estavam planejando um roubo, induzindo a vítima a participar.
No dia do crime, o jovem saiu com a vítima em uma moto, quando começaram a discutir e pararam o veículo às margens de uma estrada rural.Em determinado momento, o rapaz pegou um revólver calibre 32, atirou três vezes e ainda usou a arma para golpear a cabeça da vítima. Após o homicídio, o jovem escondeu o corpo em um local de mata fechada.
O desaparecimento da vítima foi comunicado por familiares à Polícia Militar (PM) e a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos. O corpo só foi descoberto 30 dias depois, quando o autor contou à polícia onde o cadáver estava.
Segundo o MPMG, o rapaz tentou induzir a polícia ao erro ao contar outras versões, que foram desmentidas com interceptações telefônicas e quebras de sigilos telefônicos. Isso fez com que o jovem voltasse atrás e confessasse a autoria do homicídio.
Denúncia
O MPMG ofereceu denúncia à Justiça contra o rapaz por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, associação criminosa, corrupção de menores e fraude processual. As penas podem chegar a 45 anos e meio de prisão.
Contra os outros quatro envolvidos foi oferecida denúncia pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, corrupção de menores, fraude processual e favorecimento pessoal.
Duas mulheres e um homem ainda foram denunciados porque mentiram para polícia sobre a localização do telefone celular da vítima após o crime. Eles afirmavam que o aparelho estava na área urbana de Pompéu, mas, na verdade, ele foi descartado no local do crime, em mata fechada.
Uma das mulheres também foi denunciada por favorecimento pessoal, porque, após o crime, auxiliou o namorado, um dos denunciados, a escapar da ação policial. Ela alegou que a vítima estava viva no dia do crime e que o namorado não a havia visto naquela ocasião.
Por g1 Centro-Oeste de Minas
Foto: Polícia Civil/Divulgação
