Já faz algum tempo que a Vigilância em Saúde de Pará de Minas enfrenta problemas em relação á testagem de cães com suspeita de leishmaniose. Os testes, que eram realizados em massa, em todos os bairros da cidade, tiveram que ser suspensos.
E o motivo para isso foi a redução brusca do número de kits para realização dos exames por parte do Governo de Minas Gerais e também do Ministério da Saúde. Atualmente Pará de Minas recebe entre 4 e 5 caixas de testes, com 30 kits cada, número insuficiente para um trabalho mais amplo.
Com isso, todos os exames têm sido realizados no Centro de Controle de Zoonoses, CCZ, limitando o serviço apenas às pessoas que levam os animais até o órgão para serem testados.
O problema é que o número de cães contaminados continua grande. A cada 10 testes, 4 são positivo para a doença. Este fato preocupa às autoridades sanitárias do município, e fez com que o diretor de controle de Saúde, Wander da Silva Rodrigues, iniciasses um estudo para retomar os testes em massa:
Wander lembra que a leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha, que se reproduz em matéria orgânica como lixo, folhas de árvores, e outros materiais. Diante disso, torna-se cada vez mais urgente que a população cuide bem de seus quintais para evitar a proliferação do vetor. Ele também alerta para os sintomas da leishmaniose, para que os proprietários observem e tomem providências o quanto antes.
Wander também lembra que ainda não existe cura para a Leishmaniose. Na verdade a medicina veterinária conta, atualmente, medicamentos capazes de controlar a doença, mas eles ainda são muito caros e precisam ser ministrados durante toda a vida do animal.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
