Não passa um só dia sem o consumidor reclamar da alta do custo de vida. A inflação invade supermercados, postos de combustíveis, padaria... enfim, todos os setores da economia. Segundo levantamento feito pelo Jornal da Manhã, junto ao comércio de Pará de Minas, a baixa no poder aquisitivo do trabalhador tem assegurado bom movimento no comércio somente na semana em que as empresas liberam a folha de pagamento.
Nos últimos dez dias do mês os desafios dos lojistas são muito grandes, porque as vendas despencam. E pelo lado do trabalhador o período também é difícil porque há muito tempo a renda familiar já não cobre mais as despesas. A solução encontrada pelas partes tem sido o apelo das promoções. O lojista diminui mais a margem de lucros e o consumidor gasta a sola do sapato atrás das ofertas, sobretudo no setor de alimentos.
O JM ouviu várias pessoas nas ruas da cidade e entre elas o sentimento é um só – o país está em crise profunda e vai ser difícil superá-la. Todos os entrevistados afirmaram que foram bastante afetados pela situação da economia. O que mais impressiona os consumidores, na atualidade, são os preços dos alimentos. O cliente sai do supermercado quase sem nada e uma conta de de R$200,00.
A ausência dos supérfluos nos carrinhos aumentou, já que o dinheiro da massa trabalhadora não dá para mais nada. A explicação para isso é fácil de ser entendida. Segundo o IBGE acaba de divulgar, o rendimento médio dos brasileiros é o menor desde 2012, já que os trabalhadores estão recebendo cada vez menos, sem falar que cresceu o número de pessoas que não possuem nenhum rendimento.
O percentual de pessoas com rendimento na população do país caiu para menos de 60% e esse índice é o mesmo de dez anos atrás. Esses números, por si só, já mostram como será difícil a retomada da economia.
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