A ocorrência envolvendo um idoso na zona rural de Oliveira durante uma festa junina elevou o sinal de alerta para o uso de fogos de artifícios e bombinhas. No caso ocorrido na cidade, que fica há 141 km de Pará de Minas, a vítima de 60 anos teve três dedos decepados após uma bombinha estourar em sua mão. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o idoso perdeu o dedo indicador e o polegar da mão esquerda e o dedo polegar da mão direita.
As informações sobre como o acidente aconteceu não foram divulgadas, mas o fato chama atenção pela gravidade dos ferimentos e o risco desta prática, principalmente em pessoas inexperientes. Sobre o assunto, o Jornal da Manhã conversou com o médico André Rios, do Samu, que também realiza atendimentos às vítimas de acidentes com fogos e bombas.
Ele defende que a prevenção é sempre a melhor alternativa, por isso, entre as recomendações estão: seguir as dicas do fabricante; evitar segurar os fogos com as mãos; não manusear sob efeito de álcool; caso os fogos não estourem, não tentar reaproveitá-los ou molhar para apagar o pavio, e não comprar produtos clandestinos.
Ainda na entrevista, o médico chamou atenção para outros tipos de acidentes envolvendo queimaduras e que são comuns em qualquer época do ano, citando ocorrências com água ou óleo quente. Segundo o médico, algumas crenças populares de amenizar a ferida podem, na verdade, piorar a situação.
Em caso de acidentes mais graves, o Samu deve ser acionado pelo 192 e o Corpo de Bombeiros pelo 193. Nos últimos anos, as ocorrências de queimaduras graves tiveram impacto direto no atendimento no principal pronto-socorro do estado, o Hospital João XXIII, referência neste tipo de assistência.
Números divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde mostram que, em sete anos, mais de 14 mil pessoas deram entrada na unidade em razão de queimaduras graves. E apenas nos cinco primeiros meses de 2023, 724 pacientes foram assistidos pelos profissionais do hospital.
Foto Ilustrativa: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM
