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Hospital Nossa Senhora da Conceição oferece 60% pela dívida e os médicos se revoltam

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Uma manifestação pública do vereador e médico Ênio Talma Ferreira de Rezende mostrou que o clima de insatisfação dos profissionais que prestam serviços no Hospital Nossa Senhora da Conceição voltou a ser grande.

O ponto polêmico do momento é a proposta feita pela diretoria para quitação dos débitos com os médicos. O hospital se propõe a pagar 60% da dívida, sem juros e correção monetária. A proposta está sendo apresentada individualmente aos médicos e tem provocado muitas divergências.

São poucos os que concordam com a situação, mesmo assim levando em consideração o fato de que um mal acordo é sempre melhor que uma boa demanda. A maioria, no entanto, é radicalmente contra a quitação da dívida pelos 60%.

Os médicos alegam que não podem ser prejudicados, ainda mais porque a dívida vem de anos. O assunto já chegou à Câmara Municipal, onde também repercutiu.

O primeiro a se manifestar foi o vereador Carlinhos do Queijo, que não poupou críticas à diretoria da entidade. Ao defender a classe médica, o vereador diz que os profissionais têm toda razão em discordar da proposta pois trabalharam e precisam receber seus honorários. 

A Associação Médica de Pará de Minas tem recebido várias manifestações e decidiu realizar uma reunião com a categoria, na próxima segunda-feira, a fim de definir a conduta. O presidente da entidade, Everton Marinho, antecipou ao JM que são poucos os médicos que têm se mostrado favoráveis ao acordo dos 60%.

A maioria não aceitar uma perda financeira desse tamanho. Os médicos têm usado uma matemática muito simples para mostrar o tamanho do prejuízo. Segundo eles, seria o mesmo que emprestar para alguém a quantia de R$100 mil e receber apenas R$60 mil como pagamento. E ainda tem outro problema: os que aceitarem os 60% como pagamento total da dívida ainda terão que deduzir desse valor a taxa do imposto de renda, em torno de 27%.

A insatisfação dos profissionais é muito grande, restando agora a decisão se eles vão agir em conjunto, com amparo da Associação Médica, ou se vão travar nova batalha com o hospital individualmente. O JM também procurou a direção do Nossa Senhora da Conceição que se manifestou através de uma nota. A entidade confirma a proposta de pagamento imediato de 60% da dívida com os médicos e garantiu que nada está sendo imposto. Os profissionais têm ampla liberdade de conduta.

Ainda segundo a nota, a proposta foi elaborada dentro das condições financeiras do hospital, evitando promessas às quais a Irmandade não poderia cumprir. A diretoria disse também que está aberta ao diálogo para que o impasse seja resolvido de forma satisfatória para ambas as partes.






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