Mesmo sendo um dos mais promissores do mercado, o setor de energia solar de Pará de Minas está atravessando sérios problemas relacionados à Cemig e o assunto foi tema de uma reunião entre empresários do segmento. Eles estão insatisfeitos com o posicionamento da empresa, que tem dificultado a liberação das linhas elétricas necessárias à instalação de energia fotovoltaica.
Segundo as denúncias, as empresas precisam de autorização para a execução de seus projetos e, na maioria das vezes, a Cemig tem negado os pedidos com justificativas que os empresários consideram totalmente descabidas. Sob a alegação de que estão perdendo negócios, não só em Pará de Minas como na região, as empresas do setor temem perda de receita e até demissões. Elas empregam cerca de mil trabalhadores no entorno.
Diante do impasse é que as empresas estão se unindo em busca de solução e maior poder de negociação com a Cemig. Se preciso for, elas pretendem buscar apoio inclusive junto ao poder público. Mas, pelo visto, o impasse está longe do fim, porque em resposta à manifestação dos empresários a Cemig divulgou nota, informando que vem fazendo sua parte.
“Desde 2019 a empresa já realizou 236 mil conexões de Geração Solar Distribuída e esse número é um recorde absoluto no país (3 GW). Somados os projetos já aprovados, haverá a conexão de potência recorde de geração solar distribuída de 6,5 GW, o que equivale a uma vez e meia a demanda dos clientes residenciais da empresa. Assim, fica demonstrada a robustez do sistema elétrico da Companhia, bem como que os projetos foram e são aprovados com celeridade e correção”.
A nota diz ainda que “o avanço da geração distribuída implica desafios técnicos sobre a rede existente. Os desafios de conexão são regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica. E em razão desses desafios, menos de 5% dos pedidos de novas conexões apresentam a necessidade de adaptações técnicas nos projetos, porque os empreendimentos solicitam a injeção de energia em áreas hoje com grande excedente de geração”.
A resposta da Cemig termina com a afirmação de que ela continuará atuando de acordo com a regulação existente, de forma técnica e responsável, garantindo a segurança e qualidade do fornecimento de energia para a totalidade dos seus clientes. “A empresa também seguirá trabalhando pela expansão das energias renováveis em Minas Gerais, inclusive com a execução do maior plano de investimentos da sua história”.
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