A Cemig está realizando um levantamento em todos os municípios de sua área de concessão para identificar a real situação dos mais de dois milhões de postes existentes.
O objetivo é mapear o cenário em cada cidade e promover a chamada higienização da rede, eliminando fios em desuso ou que estão soltos. Segundo a empresa, estão sendo investidos R$ 20 milhões no trabalho de documentação fotográfica e identificação do aparato instalado em cada um desses pontos.
A informação foi passada pela companhia durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que debateu a situação dos postes abarrotados de fios e outros cabos em cidades mineiras, sendo uma delas Pará de Minas.
Este levantamento também foi comunicado aos vereadores do município. Nos últimos meses, alguns deles cobraram ações da prefeitura na execução da lei que prevê o alinhamento e a retirada dos fios em desuso e desordenados.
Diante dos questionamentos, a prefeitura intermediou uma reunião do Legislativo com a Cemig. Um dos participantes foi o vereador Dilhermando Rodrigues Filho, o Dilé, autor da lei que trata do assunto. Segundo ele, a empresa repassou as principais observações feitas na cidade.
Dilé lembrou de ocorrências registradas em postes da cidade por causa da grande quantidade de fios, com destaque para o incidente de outubro do ano passado em um ponto localizado na esquina das ruas Benedito Valadares e Doutor Higino, quando um incêndio na fiação assustou populares.
Ainda de acordo com a Cemig, as empresas de telecomunicações foram notificadas para que pudessem indicar previamente um técnico para acompanhar o trabalho e que o levantamento também está conferindo a situação da iluminação pública poste a poste.
A Cemig informou que o levantamento dos postes já está 40% concluído e que nos casos mais emergenciais, a empresa atua diretamente, assumindo o custo para reduzir os riscos para a população. Pela lei municipal vigente em Pará de Minas, ela é obrigada a realizar o alinhamento dos fios utilizados e a retirada daqueles não utilizados.
Para isso, a Cemig deve notificar as demais empresas que utilizam os pontos como suporte de seus cabeamentos a fim de que elas cumpram o que estabelece a legislação. Quem desrespeitar, pode ser multada em R$ 1.200 para cada notificação não atendida em até 30 dias após seu recebimento.
Fotos: Germano Santos Rádio Santa Cruz FM
