Com uma frota estimada em quase 64 mil veículos, Pará de Minas chegou à incrível marca de 0,67 veículo por habitante. Os dados estão disponíveis no site do IBGE, que ainda considera a população em 94 mil pessoas.
Esse índice é superior ao de cidades vizinhas. Em Itaúna, por exemplo, onde a população é quase igual à de Pará de Minas, a estatística mostrar 0,62 por habitante. Já em Nova Serrana a média é de 0,46 considerando a população superior a 102 mil pessoas.
Ainda de acordo com os números do IBGE, a cada ano a frota de Pará de Minas tem um crescimento de quase dois mil veículos, com destaque para as novas aquisições de carros.
Essas estatísticas ajudam a explicar o motivo do trânsito local ser alvo de tantas reclamações por parte dos motoristas. Esse foi, inclusive, um dos motivos que levaram a prefeitura a intervir na avenida Presidente Vargas, para melhorar a mobilidade urbana e reduzir o número de acidentes.
Mas o principal gargalo está no centro da cidade, onde as ruas são estreitas, têm poucas vagas de estacionamento e um tráfego intenso. As consequências são sentidas principalmente pelos deficientes e idosos que, por causa das condições físicas e motoras, enfrentam mais dificuldades que os demais motoristas.
É o caso do Seu Jesus Alves de Araújo, de 70 anos, morador do bairro Recanto da Lagoa. Ele é deficiente físico e tem encontrado muitos obstáculos para transitar pelo centro. Mais do que condições estruturais do trânsito, ele reclama do desrespeito nas vagas destinadas aos deficientes e idosos.
Seu Jesus espera que o poder público promova mais campanhas de conscientização e que haja uma fiscalização mais rigorosa para impedir que os abusos continuem na cidade.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM