Há muitos anos a coleta de latinhas de cerveja e refrigerante vem sendo uma atividade explorada por pessoas que buscam ganhar algum dinheiro com a venda do material que costuma ser descartado, sobretudo durante festas populares.
Agora, às vésperas do carnaval os catadores já começam a se organizar para acompanhar os eventos na tentativa de acumular o maior volume de alumínio possível para vender para os ferros-velhos e usinas de reciclagem.
Acontece que o preço pago pelo quilo de latinhas de alumínio vem caindo ao ponto de desanimar muitos catadores. Quem confirma este movimento de queda é Marinho Caetano, proprietário de um Ferro Velho na rua Frei Egídio, bairro São Francisco.
Ele conta que o mercado de alumínio já foi melhor. Não faz muito tempo ele chegou a pagar até R$4,00 pelo quilo do material. Mas de uns meses praça os preços vêm caindo e as usinas de reciclagem sequer têm demonstrado interesse em buscar o material.
Enquanto gravávamos esta reportagem nós acompanhamos a chegada do pedreiro Rômulo, que foi até o Ferro Velho para vender latinhas que ele coletou e guardou em casa. Foram quase 30 quilos de alumínio que renderam a ele R$105,00. Segundo Rômulo, esta é uma atividade extra, que ele costuma fazer para incrementar a renda familiar, sobretudo em momentos mais difíceis como agora:
Apesar da baixa nos preços Marinho Caetano tem expectativa de melhora e por isso mesmo tem armazenado todas as latinhas que chegam ao seu estabelecimento. Ele acredita, inclusive, que neste período de carnaval ele deverá receber um bom volume de alumínio, que também ficará no galpão até que consiga encaminhar para as usinas de reciclagem. As usinas de reciclagem da região costumam utilizar o alumínio das latinhas na produção de peças automotivas, como os blocos de motor, por exemplo.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
