A Sociedade Brasileira de Infectologia voltou a defender o uso de máscaras novamente. A advertência vem do aumento de internações, superlotação nos hospitais e mortes.
Especialistas consideram essencial que as máscaras voltem a ser usadas em ambientes com aglomeração de pessoas, assim como nas escolas e no transporte público.
Nas últimas duas semanas, o número de testes positivos para a Covid-19 dobrou em várias cidades. E a situação pode ficar mais grave diante de uma variante mais transmissível, com baixa cobertura da quarta dose.
Quem foi vacinado há mais de seis meses está sujeito a contrair a doença novamente. Por enquanto só existe a recomendação para as pessoas voltarem a usar a máscara, mas se os casos continuarem aumentando os infectologistas vão pedir que ela volte a ser obrigatória.
A Vigilância em Saúde, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, também emitiu nota técnica e voltou a recomendar o uso da máscara no Brasil, após nova alta dos casos.
O alerta vale principalmente para quem teve contato com pessoas sintomáticas, assim como a população com fatores de risco e os profissionais que trabalham em locais fechados e com pouca ventilação.
No documento, a Vigilância também pede “intensificação da vigilância genômica” para sequenciamento e monitoramento das variantes do novo coronavírus em circulação no país.
Em Pará de Minas profissionais da saúde também estão orientando as pessoas sobre a doença. O farmacêutico Clifford Júnior Rezende, por exemplo, incentiva a vacinação a fim de que os efeitos da covid sejam menores possíveis, tanto nos adultos quanto nas crianças.
Além da máscara, o farmacêutico destaca outras ações importantes a serem retomadas, como o reforço da higienização frequente das mãos com álcool 70% ou água e sabão.
Apesar das recomendações dos especialistas, o governo de Minas descarta a obrigatoriedade das máscaras, pelo menos por enquanto. O uso delas seguirá facultativo, permanecendo indicado para pessoas que apresentem sintomas gripais e os grupos mais vulneráveis, como idosos e portadores de comorbidades.
O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, disse que até o momento os dados não apontam para o aumento significativo dos casos confirmados e nem de internações.
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