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Moradores de Meireles voltam a cobrar proteção das autoridades e da Vale

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Moradores de Meireles voltam a se manifestar sobre os casos de coronavírus registrados na comunidade. Em carta aberta dirigida à população e às autoridades, eles evidenciam o descontentamento com várias situações.

As principais estão relacionadas ao descaso da mineradora Vale que, mesmo depois da confirmação dos trabalhadores infectados, não tomou providências efetivas de proteção aos demais e à comunidade em geral.

Como já foi noticiado pelo JM, recentemente foi confirmado pela Bueno Engenharia – terceirizada da Vale – que oito trabalhadores testaram positivo para a covid-19. Eles foram isolados em um sítio da região e já estão em fim de quarentena.

O fato gerou enorme inquietação na comunidade, que passou a cobrar medidas de segurança sanitária. Os moradores também ficaram revoltados porque desde março já vinham alertando sobre o risco, tendo em vista o comportamento relapso de alguns dos funcionários da Bueno, de circular pelas ruas sem uso de máscara.

Dias atrás, foi realizada uma reunião no gabinete do prefeito Elias Diniz, com a presença de representantes da Vale, ficando acertado que o município se encarregaria da testagem coletiva na comunidade e a empresa faria os testes em todos os funcionários.

A testagem coletiva confirmou 4 casos de coronavírus em Meireles, do total de exames feitos pela Secretaria de Saúde. Já os testes bancados pela Vale apontaram os oito infectados no início do mês.

Ainda na reunião que aconteceu na prefeitura ficou definido a realização de um segundo encontro, tão logo os testes fossem feitos, o que não aconteceu até agora e esse é um dos motivos de insatisfação dos moradores.

O empresário Rodrigo Campos, eleito pela comunidade como representante das famílias nesse caso, voltou a falar conosco cobrando ações urgentes: 

Na carta aberta, a comunidade de Meireles advertiu o poder público para a necessidade de cobranças mais efetivas, tendo em vista o padrão de comportamento que está sendo adotado pela Vale em outras cidades.

Em Itabira, as atividades de mineração foram interrompidas pela Justiça do Trabalho diante das irregularidades encontradas pelos auditores fiscais, entre elas, aglomeração e ausência de estudo epidemiológico, mesmo depois dos resultados dos exames de detecção do coronavírus.

Já em Brumadinho, as obras de compensação e recuperação do Córrego do Feijão, onde aconteceu a tragédia ambiental de 2019, foram interrompidas por questões de segurança sanitária. A suspensão se deu pelo prazo de 10 dias.

Com base nesses fatos, os moradores de Meireles se mostram apreensivos. A comunidade também quer melhoria no processo de comunicação sobre os acontecimentos relacionados a esse caso, evitando equívocos na divulgação das informações.

Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM e Prefeitura de Pará de Minas






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