Motoristas continuam assustados com os preços da gasolina nos postos de combustíveis. Por causa dos consecutivos reajustes concedidos pela Petrobras, a barreira dos R$ 6,00 já foi ultrapassada e o produto agora acelera rumo aos R$ 7,00 o litro.
Aliás, em alguns postos o preço da gasolina aditivada já passou a casa dos R$ 7,00 mas a gasolina comum, que é a mais vendida, está sendo ofertada entre R$ 6,00 a R$ 6,25 o litro, dependendo do varejo e da bandeira.
E essa escalada deve ganhar novos números nos próximos dias, pois já está em vigor o 9º reajuste no preço da gasolina definido pela Petrobras em 2021. Desta vez, o preço médio do litro nas refinarias passou de R$ 2,69 para R$ 2,78, um crescimento de 3,34%.
Considerando todos os reajustes desde janeiro, a gasolina da Petrobras já subiu mais de 50%. E aí não tem consumidor que aguente, mesmo aqueles que têm veículos mais econômicos, caso das motocicletas.
O Jornal da Manhã conversou Geraldo Magela e com Raquel Teixeira, que possui uma Honda Biz. Ambos estão impressionados com a disparada dos preços.
E no caso de quem depende do veículo para trabalhar a situação é ainda pior. É o caso de Alberto César, proprietário de uma prestadora de serviços para avicultura e suinocultura. A empresa tem cinco veículos e o gasto mensal com combustível já está em torno de R$ 2 mil. E o empresário sabe que esse valor vai aumentar, daí o motivo da grande preocupação:
Se a situação está difícil para os consumidores, proprietários de postos também afirmam que não estão tendo vida fácil para se adaptar a tantos reajustes no ano. Graziela Fernandes, do posto Boa Viagem, explica que, para os postos bandeirados, o cenário é ainda mais delicado, já que a concorrência dos estabelecimentos que não têm bandeira fica mais forte e a pressão de mercado aumenta muito.
Lembrando que no último reajuste da Petrobras, o etanol e o óleo diesel não tiveram seus preços alterados. E falando em etanol, motoristas e proprietários de postos de combustíveis estão na expectativa do novo modelo de venda do álcool, que foi autorizado pelo governo federal.
Nessa modalidade, está liberada a venda de etanol por produtores ou importadores diretamente aos postos, sem necessidade de intermediação das empresas distribuidoras, o que antes era obrigatório.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida promove a abertura do mercado, aumento da concorrência e tende a proporcionar mais eficiência logística para o setor, reduzindo os preços dos combustíveis para o consumidor final. Para ser transformada em lei, a Medida Provisória, já assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, precisa ser analisada e votada pelos parlamentares em até 120 dias.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM