O período de seca e a proximidade do inverno é o momento propício para a disseminação das hantaviroses, doenças transmitidas para o ser humano por meio da mordedura ou do contato com fezes, urina ou saliva de roedores urbanos e silvestres.
Por causa do cenário meteorológico, o vetor do vírus causador da doença, popularmente conhecido como rato, se desloca para locais de vivência dos humanos em busca de alimento e abrigo. Essa situação liga o sinal de alerta da população, especialmente quem mora em comunidades rurais.
Segundo Andréia Santos, Referência Técnica da Secretaria Estadual de Saúde, a disseminação do vírus está relacionada às atividades agropecuárias, domésticas ou de lazer que estejam ligadas à exposição a esses animais.
As doenças podem se apresentar sob diferentes formas, variando desde a fase assintomática até as mais graves, como a febre hemorrágica com síndrome renal e a síndrome cardiopulmonar por hantavírus.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação apontam que, de 2012 a 2023, foram notificados 737 casos em Minas e 50 óbitos em decorrência das hantaviroses. Mais de 70% dos pacientes, segundo o sistema, são homens entre 35 e 49 anos.
Entre as Regionais de Saúde que registraram o maior número de notificações neste período está a de Divinópolis, a qual Pará de Minas faz parte. Andréia Santos dá dicas sobre as formas de prevenção, que podem ser realizadas com simples hábitos durante o dia.
A orientação é de que o paciente procure atendimento médico em uma unidade de saúde assim que observar os sintomas similares aos da hantavirose, para que seja feita uma avaliação clínica. O diagnóstico é realizado por exames laboratoriais, disponibilizados pelo SUS. O tratamento para a doença também é realizado na rede pública de saúde.