O início da vacinação contra a covid-19 em Minas Gerais sofreu atraso, acontecendo somente na noite de ontem, mas foram momentos de grande emoção para todos que sonhavam com a chegada do imunizante ao território mineiro. Os primeiros a serem vacinados foram profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à pandemia.
A partir de hoje as vacinas começam a ser distribuídas para o interior do estado. Pela programação da Secretaria Estadual de Saúde, até o meio do ano todos que fazem parte dos grupos prioritários serão vacinados, o que vai reduzir muito os casos graves.
Conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde, foram definidos para o programa nacional de imunização os seguintes grupos: trabalhadores da saúde, idosos que vivem em asilos, pessoas de 60 a 74 anos e também aquelas que têm comorbidades.
O governador Romeu Zema anunciou que os professores também serão incluídos, mas não especificou em qual categoria. O secretário de Estado, Carlos Eduardo Amaral, também anunciou que Minas Gerais tem interesse em produzir imunizantes contra a doença.
A produção seria feita pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), que é referência nacional no assunto. Isso não ocorreu num primeiro momento porque a Funed estava voltada para a produção de vacina contra a meningite C para abastecer todo o mercado nacional. Mas agora o foco vai mudar:
E o alerta agora vem do infectologista Carlos Starling, membro do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da covid-19 na Prefeitura de Belo Horizonte. Ele disparou críticas contra o uso dos medicamentos indicados pelo governo federal como uma forma de prevenção à doença.
O médico lamentou que o presidente Bolsonaro tenha sido um incentivador da cloroquina, ivermectina e outros medicamentos sem eficácia comprovada no combate à doença. Segundo ele, é um kit ilusão, sem a menor validade na prevenção da doença, por isso as UTIs estão cheias desses pacientes que confiaram nas dicas do presidente.
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